Filho mais velho, esse pobre arrombado. O sofrido filho mais velho tem o dever ético – imposto por uma sociedade atrasada e erroneamente moralista – de ser responsável por tudo que remeta a responsabilidades em uma casa. Seus lobotomizados pais acham que só ele tem maturidade necessária para realizar responsáveis feitos. Lobotomizados, isso mesmo. Sabem por quê? Porque não importa quão jovem, descolado, sábio e outras coisas os pais achem que são sempre existirão certos atrasos mentais que os possuirão.
O do filho mais velho perfeito e único enviado divino da família é um.
Sigam minha linha de pensamento. Os ditos pais põem toda a responsabilidade no pobre azarado do primogênito, pois “ele é o mais velho”. Certo, lindo, mas desde quando, Pelos deuses!, idade é sinônimo de maturidade? Continuando o pensamento, se apenas o filho mais velho fica responsável por todas as atividades extracurriculares da família, quando os mais novos vão aprender a ser eles mesmos maduros e responsáveis? Quando a banana vermelha do amarelo laporado aparecer e disser “Feito! Agora és responsável, sê feliz!”.
Acho que não.
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Um comentário:
Pois é, filho, em tempos de heranças equitativas somos (não esqueça de que também sou primogênito) príncipes sem reino. Porém, se não tivemos a sorte de nascer em eras medievais, e termos um reino a nossa espera, ao menos não nascemos no Egito de Moisés e escapamos da décima praga.
Ser primogênito tem suas desvantagens, aceito, mas traz também suas vantagens, afinal somos os primeiros a poder ir a uma festa, a sair sozinhos, a ir estudar na capitá ou a nos deliciarmos com uma gelada cerveja.
O primogênito não carrega um ônus por ser o primeiro, mas sim a vantagem de ter uma boa escola. Ser o primeiro filho, e ter responsabilidade várias de abrir os caminhos, é passar por uma boa escola que faz crescer o espírito: o primogênito é sempre mais conciliador, tem sempre uma palavra de ajuda, é ponto de referência para os pais e irmãos. Essa responsabilidade nunca me assustou, muito ao contrário, acredito que me fez melhor.
Dando uma googlada rápida encontro:
“Ser o primeiro filho pode trazer reflexos positivos para a vida profissional. A liderança exercida no jardim de infância com os irmãos mais novos pode ser trazida para a carreira, aumentando as chances de ocupação de uma vaga de destaque.
Isto é o que mostra estudo realizado pela consultoria de carreira internacional Vistage, com 1.582 chief executives, os famosos CEOs. De acordo com os dados, 43% dos executivos de alto escalão respondentes são primogênitos.
Já os filhos "do meio" são apenas 33% dos CEOs de destaque respondentes na pesquisa. Os caçulas, por sua vez, correspondem a 23%. “
Se fugirmos do varejo pequeno (mais painho, já jui duas vezes e o Zezim nenhuma, porque sempre eu...) há mais a ganhar: largamos na frente.
Abraço, meu herdeiro, meu reino é todo teu.
Seu pai.
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